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Sociologia da religião: virtudes e mazelas

E agora, Garibaldi?

A sociologia da religião desempenha um papel fundamental na compreensão da presença e do papel das religiões na sociedade contemporânea. Ao adotar uma perspectiva sociológica, é possível analisar as religiões além dos limites mencionados, oferecendo uma visão mais abrangente e contextualizada.

Em primeiro lugar, a sociologia permite examinar as religiões como instituições sociais que desempenham funções específicas na sociedade. Ela nos ajuda a entender como as religiões se organizam, mantêm valores e crenças, estabelecem relações com outras instituições e influenciam as estruturas sociais.

Além disso, a sociologia proporciona percepções sobre as mudanças na religiosidade contemporânea. Por meio do estudo sociológico, podemos compreender as transformações nas práticas religiosas, nos comportamentos dos fiéis e nas dinâmicas das comunidades religiosas. Isso nos permite refletir sobre as razões por trás dessas mudanças, como a secularização, a diversificação religiosa, o individualismo espiritual e as novas formas de engajamento religioso.

Entendo que a sociologia da religião desmantela um pouco o misticismo que às vezes se aplica à igreja. Obvio que alguns acham isso como sacrílego, mas me parece que acham isso porque lhes convêm o manto de sacramentalidade.

Contudo, tenho vivenciado recentemente, e da mão de colegas amigos, uma releitura social na que, visando um suposto “aggiornamento” do evangelho, destituem este último da sua capacidade de transformar o ser humano. Logo, as ferramentas fornecidas pela sociologia da religião deveriam ser usadas como tais e não como armas nem como boias salva-vidas emergenciais.

Em questões pessoais, ela me serve para entender o próximo quanto ser religioso. Os anseios e buscas são – em última análise – da raça humana (ou das raças humanas a depender do gosto do autor). E é bem humano substituir essa busca última por buscas preliminares.

É ali (na superficialidade da substituição inconsciente do prioritário pelo supérfluo, do último pelo preliminar) que faremos bem em estudar para entender e aproximar; entender o humano na sua ânsia de ser e aproximar o Deus-homem na jornada da nova criação (Rom. 5:12 ss) sem tirar nem pôr no evangelho, que continua sendo o “poder” (e não a energia) de Deus para salvação daquele que crê.