Arquivo da categoria: Esencia Cristiana

Indigno

¿No se trata más de Amor?

El 19 / junio de 2019 escribí el poema que coloqué en la foto arriba para la próxima reunión que tendríamos del grupo “Iglesia: Comunidad terapéutica”.

¿Por qué miras con desprecio 
las heridas de mi corazón?

¿No sabes, por casualidad,
que son el resultado de mi decisión?

Con tus palabras dices que me amas
y con tu mirada que me odias.

Oh, deshonra esta súplica
que necesitando yo tus palabras
me obliga a aceptar
sin cualquier filtro
esta tu fria y cruel visión.


Arrogante, impasible,
orgulloso y acusador
con una voz suave y elegante,
me dices que soy pecador.

Enumeras mis pecados
como si fueras un esquilador.
¿No te advirtieron
que se trata de amor?

Corro, me canso,
me omito, me limito,
me callo, me revuelvo
buscando su aceptación

Cosa de locos esta vida,
¿no se trata más del amor?

Por supuesto, no soy poeta. Un estudiante de segundo año en la escuela primaria puede ver esto en las pocas líneas generales, pero fue una forma que descubrí podia dejar ir algunos sentimientos que se acumularon en mi corazón a lo largo de los años. Si estas líneas te hacen sentir cierta angustia, ya han cumplido su propósito.

Antes de eso, el 23 de diciembre de 2018 a las 6:30 p.m. sufrí un aneurisma aórtico de disección. Completamente asintomático, simplemente se manifestó de la noche a la mañana. El día siguiente a las 9:30 am estaba ingresando a la sala de operaciones del Hospital Regional para una intervención de emergencia. Solo pude pararme y con cierta dificultad y ayuda después del 26 de diciembre. Pasaron tres largos meses fuera del trabajo por completo y tres más con licencia parcial. Fue solo en octubre que me dieron de alta del cirujano de forma ambulatorial y todavía estoy en tratamiento con el cardiólogo, el nefrólogo y el neuro.

El día del alta hospitalaria en enero de 2019, el médico que me dio de alta nos dijo a mi hija y a mí que la rápida recuperación se debió en gran parte a la excelente condición física. Nos reímos a carcajadas con Rebeca ya que, aparte de caminatas regulares, ciclismo los fines de semana y piscinas esporádicas, me consideraba un sedentario empedernido.

Además, como alrededor de los 30 tuvieron que extraer mi apéndice , reforcé con mi primera esposa el hábito de evitar la sal, las grasas, etc. Después de los 40, ya en el segundo casamiento, también habíamos eliminado el azúcar y luego la harina casi por completo.

Después de pasar los últimos veinte años de mi vida desarrollando software para el cuidado de la salud, sabía que podía ayudar con algo de información. Incluso porque me interesaba descubrir la causa. Al final, si había algún problema hereditario (mi abuela materna murió repentinamente y siempre se decía que era un paro cardíaco, por ejemplo), era mi responsabilidad plantear esto y transmitir a las siguientes generaciones cómo tratarlo.

Entonces, con la información que pude recopilar, hice un genograma orientado a la salud y lo llevé a los médicos en cada visita. No soy profesional, pero las causas de un aneurisma pueden reducirse a tres: hipertensión arterial, trastornos hereditarios y defectos cardiovasculares congénitos (las lesiones causadas por traumatismos no se aplican porque nunca me había sometido a un procedimiento quirúrgico cardíaco).

Hablando con el cirujano, me indicó que el gran villano de nuestro tiempo es el estrés. En otras palabras, es el estrés el que termina potenciando uno o dos de estos factores y literalmente rompiendo todo.

Hasta hoy (principios de 2020) no hemos podido atribuir la razón de mi disección del aneurisma aórtico a una sola causa, pero es obvio que la carga emocional de la autocrítica ha contado. El estrés acumulado de años esperando la aprobación de algunos seres humanos específicos de gran relevancia personal resultó ser simplemente demasiado para mi cuerpo.


Algunas líneas del poema las revisaria. Especialmente la que dice “Son el resultado de mi decisión” desde que supe en el último mes que me era imposible decidir de otra manera.


Cómo morir por nada

  1. No te aceptes a ti mismo como un ser humano ordinario. Exige perfección de ti.
  2. No elijas a tus amigos. Sé mejor que Jesús que eligió a sus discípulos.
  3. Deja que las autoridades terrenales (colocadas por Dios) tomen el lugar de Dios
  4. Preocúpate por la opinión de los demás.
  5. Compórtate como si no estuvieras envejeciendo.

Lucas 14:26

Si alguien quiere seguirme y ama a su padre, a su madre, a su esposa, a sus hijos, a sus hermanos y hermanas, e incluso a su propia vida más que a mí, no puede ser mi discípulo.

Mateo 10:37

Quien ama a su padre o madre más que a mí no es digno de mí; y quien ama a un hijo o hija más que a mí no es digno de mí.

É o dízimo uma prática cristã?

czech-money

AVISO AOS NAVEGANTES; Como todo artigo, este busca provocar o pensar do leitor e não instrui-lo sobre como agir. Todavia, em assunto tão delicado vale fazer uma ressalva: Se você tem a prática de entregar um percentual dos seus ingressos regularmente na sua igreja local; se você faz isso com alegria e pureza de coração; se com isto está esperando absolutamente nada em troca, então nada mude. Se sua igreja local, no exercício da sua mais plena liberdade decidiu – com a anuência de seus membros – que é importante cada um dos seus membros entregarem uma certa parcela fixa de forma regular para a manutenção dos seus programas e você faz isso de forma feliz, livre e desinteressada: nada mude.

O dízimo se presta hoje e desde tempos longícuos para uma interpretação simplista e de tendências dominantes de uma classe sobre outra. Dito em outras palavras, lhe é dito ao membro da comunidade que se dizimar Deus vai lhe abençoar e caso contrário, o devorador tomará conta.

Obviamente que o texto usado é Malaquias 3:10. A interpretação dada, limita a leitura apenas a esses textos e não consegue observar (talvez porque não lhe é conveniente) os textos a seguir: O povo não mais enxergava diferença entre o ímpio e o justo; prosperavam uns tanto quanto os outros. Quando por fim há uma separação entre os que temiam ao Senhor dos que não (v.16) não há menção sequer ao dizimo, apenas a promessa de que “Então vocês verão novamente a diferença entre o justo e o ímpio, entre os que servem a Deus e os que não o servem” (v.17) O problema que Malaquias levanta não é a questão do dízimo em si, mas da falta de obediência. (v.6,7) o dízimo, neste texto, é apenas um sintoma nesse problema todo. Havia um pacto que estava sendo quebrado por parte do povo judeu e a manifestação dessa quebra era a falta de mantimento na assim chamada casa de Deus. E é justamente o retorno ao pacto que Deus está cobrando.

Ai você está lendo e está dizendo, ou eu não estou entendendo coisa nenhuma ou esse cara está falando o mesmo que eu acredito. Avancemos.

É bem provável que Malaquias estivesse esperando a mesma reação que o povo teve no tempo de Ezequias uns trezentos anos antes (2Crô.32:2ss) mas a análise clara dele é que o povo se afastou de Deus e o grita de todas as formas possíveis.

Há uma base legal para o que Malaquias está reivindicando. Simplesmente você não pode sair por ai interpretando qualquer coisa esquecendo a base legal já que isso é forçar o texto a dizer coisas que ele não diz e por conseqüência, levar as pessoas a crerem em coisas que Deus não referenda (tanto positivas como negativas)

Deuteronômio 26

Talvez a mais simples de ver e de achar paralelos é a de Deuteronômio 26.

Via de regra separamos este capítulo no versículo 16 dando início à exortação à obediência como se fosse uma coisa separada da anterior. Mas na realidade são quatro engrenagens da mesma peça: a declaração de conformidade com a vontade de Deus (v.3;5-10a) a entrega das primícias (v.1,2,4,10b,11) a entrega dos dízimos (v.12-15) e a confirmação do pacto de obediência com suas consequências (v.16-19).

O paralelo surge porque Malaquias começa reclamando que o povo se tem desviado e desobedecido (exatamente onde Deut.26 termina) e por consequência, diz Malaquias, o povo não tem se mostrado fiel nos dízimos (a penúltima parte de Deut.26) a colheita não tem sido boa, as pragas têm invadido os plantios e não há então do que tirar as primícias (a segunda parte de Deut.26) com o que chegam a uma declaração de que “é inútil servir a Deus. O que ganhamos quando obedecemos aos seus preceitos e ficamos nos lamentando diante do Senhor dos Exércitos?” que é uma antítese à primeira parte de Deut.26

Assim como a imagem que se forma na retina é invertida, porém o cérebro recebe esta informação e a transforma novamente em imagem direita, precisamos ver que Malaquias está trazendo à memória coletiva a repetição da Lei (Deuteronômio significa repetição ou segunda lei) Começa com os sintomas até chegar na causa. Deus não falhou, o povo sim. Logo, o povo deve voltar-se a Deus e é essa a mensagem de Malaquias usando de modo magistral o dizimo como aferidor sintomático como quando usamos um termómetro para conferir a temperatura do corpo.

Mas, há um detalhe que escapa. Talvez por inocência, talvez por ignorância ou talvez por falta de escrúpulos mesmo. Deut.26:12 diz “Quando tiverem separado o dízimo de tudo quanto poruziram no terceiro ano, o ano do dízimo, entreguem-no ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que possam comer até saciar-se nas cidades de vocês

O detalhe que se perde é este de “no terceiro ano“. Já analisaremos os outros, mas este é importante. Alguns que se depararam com isto já me comentaram “ah, mas isso era por conta de que a produção era anual, mas agora o ganho é mensal” e eu me pergunto: o que tem a ver batatas com trilhos de trem.

Explico-me. Por favor, dê uma olhada honesta sobre Deuteronômio 14:22-29. O texto é muito claro como para lhe dar volta. Vai parecer até tonto tentar explicar ele porque é muito diáfano.

v.22 A ordem dada é para separar o dízimo de tudo que for produzido anualmente.

v.23 A ordem é para comer esse dízimo no local que o Senhor escolheria como habitação

v.24-25 Se for longe demais, troque por metal que é mais fácil de transportar

v.26a Com esse dinheiro, compre o que quiser: Bois, ovelhas, vinho ou outra bebida fermentada ou qualquer outra coisa que você desejar.

v.26b Com suas famílias, comam e alegrem-se na presença do Senhor.

Ou seja, deixa traduzir por se não ficou claro: é uma poupança para o churrasco do final de ano com direito a vinho e cerveja (A NTLH tem uma tradução formosa sobre esse texto) Uma grande festa para celebrar o Senhor da Vida. É uma festa plural, harmoniosa, alegre.

O versículo 27 encerra isso dizendo “E não se esqueçam dos levitas…

Talvez que alguém pudesse se fazer de bobo, não entender direito como é isso de “não se esquecer dos levitas” então a Lei (uma coisa que nem o próprio Jesus pode mudar, logo você também não pode por mais que queira) diz assim a seguir:

28 Ao final de cada três anos, tragam todos os dízimos da colheita do terceiro ano, armazenando-os em sua própria cidade, 29 para que os levitas, que não possuem propriedade nem herança, e os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem na sua cidade venham comer e saciar-se, e para que o SENHOR o seu Deus, os abençoes em todo o trabalho das suas mãos

Antes que alguém pule, já ví a promessa no final, não sou cego. Mas cego é quem não enxerga o terceiro ano. Ou, se quiser ser legalista, 1/3 do recebido seja quinzenal, mensal, trimestral, anual. Aplique como quiser, mas nunca vai dar 10% de tudo quanto você ganha.

Assim como no amor (ame seu próximo como a si mesmo) no dízimo bíblico o que vem primeiro é o churrasco, você, sua família, seus queridos. Isso é feito por três (alguns diriam dois) anos consecutivos. Depois disso, aquilo mesmo que você ia usar para seu churrasco anual, o dividirá entre quatro grupos de pessoas: os levitas, os estrangeiros, os órfãos e as viúvas.

Simplificando: Sim, o levita recebia 1/4 de 1/3 de 1/10 da produção que é bem diferente do que certas pessoas incitam a ser feito.

Coloquemos um exemplo: Digamos que nos últimos três anos você ganhou (diferença entre investimento e retorno) R$ 12.000 A cada ano, você então separou R$ 1.200 (10% de 12.000) para comprar carne bovina, ovina, vinho, cerveja e outras coisas que você gosta, fatias húngaras, torta holandesa, um bom café, etc. se juntou com outras famílias amigas na capital do seu estado e fez uma festa. Só que no final do período não haverá festa; esses R$ 1.200 serão distribuídos entre três grupos da sua cidade: o levita (se ainda houvessem), os estrangeiros (isso inclui os muçulmanos, budistas e outros que por ventura não estejam indo bem na vida), a viúva (que é criticada na cidade porque é nova mas não casa) e o órfão (que a falta do que fazer, pratica pequenos furtos para sobreviver).  Se fosse em partes iguais, você doaria R$ 300,00 para cada grupo: 1200/4

Os levitas como tais não estão mais entre nós. (Precisaria ser descendente da tribo de Levi e o culto no templo ser restabelecido) mas concedamos o ponto de que se possa corresponder aos que lideram nas igrejas locais e não tem outra ou nenhuma profissão.

Para facilitar a coisa, digamos que a congregação é composta de famílias cuja média de ingressos anuais é R$ 12.000. E que esta congregação decidiu que vai praticar o dízimo bíblico (coisa que não estou incentivando porque a Lei chega até o Cristo). Mas concedamos o ponto apenas como um exercício mental. Digamos ainda que essas famílias pertencem a um de quatro grupos formados para garantir que haja um fluxo regular (já que se é para sermos bíblicos, os primeiros três anos são para a festa e o quatro é para recolher-se e entregar o dízimo)

Já pensou em quantas famílias deveria ter essa igreja? Pois é, pelo menos 200 famílias na condição de ganhar R$ 12.000 no ano. Com cinquenta famílias em cada grupo, cada grupo se juntaria para fazer um churrasco no valor de R$ 60.000 e – por conta do escalonamento – haveria uma contribuição anual de R$ 15.000 (60/4) que divididos os doze meses daria um salário pastoral de R$ 1.250,00. Os outros R$ 45.000 anuais seriam distribuídos entre as viúvas, os órfãos e os estrangeiros.

É obvio que estou levando as coisas ao limite. E é mais obvio ainda que não estou fazendo apologética pela implantação do dízimo bíblico. Mas já basta de essa enganação de dizer que dar 10% de seus ingressos tem alguma coisa a ver com o dízimo bíblico.

Antes de Deuteronômio

Alguns vão citar Números 18:21 e Levítico 27:30ss vamos a eles.

As duas citações são importantes porque são anteriores à repetição da Lei. (Ou à segunda Lei) Em Levítico 27:30, diz que todos os dízimos da terra pertencem ao Senhor por serem consagrados a ele e essa consagração é fática. Ou seja, não precisa você consagrar que já lhe pertence ao Soberano. A consagração por parte da pessoa entra aqui como reconhecimento de uma coisa que já é assim. Seria bom entrar nos detalhes, mas não é o foco.

Posteriormente em Números (e é importante frisar posteriormente) os dízimos são entregues aos levitas “21 Dou aos levitas todos os dízimos em Israel como retribuição pelo trabalho que fazem ao servirem na Tenda do Encontro” Este pacto é irrevogável (v.19) mas ele está suspenso. Não há levitas nem tenda de encontro. Nem sequer há o Templo que seria o substituto. Obvio que isso é campo para os escatólogos. Não é meu caso. Baste dizer que somos “Nação santa, real sacerdócio” (1Pedro 2:9) e que “A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir, e não sua realidade.” (Heb.10:1a)

Mas, tanto Números como Levítico são anteriores a Deuteronômio.

Deuteronômio legisla sobre as leis gerais pronunciadas nessas duas passagens.

Logo, se sua interpretação do dizimo não concorda com a Deuteronômio, há alguma coisa que não fecha nessa linha lógica. E como já provamos que Malaquias é um espelho reverso de Deuteronômio 26 e este está amarrado com Deuteronômio 14, não pode pegar apenas um dos versículos e sim o pacote inteiro.

Mas antes de avançar, deixe-me repetir: Se sua congregação local, no livre exercício da sua vontade decide que cada um vai contribuir com certa quantia mensal, não peca. Agora, se dizem que isso é o dizimo bíblico, cuidado, faltou apego à escritura.

Melquisedeque

Obvio que não se pode falar em dízimos sem falar em Melquisedeque. Até o momento, só ouço falar dele como modelo para dar os dízimos. Abrão entregou os dízimos a Melquisedeque e logo – sendo ele o pai da fé – quem é você para não dar seu dízimo?

É mais uma dessas armadilhas montadas apenas para criar culpa e medo. A culpa e o medo não são bons conselheiros. Basicamente inibem seu cérebro de funcionar corretamente e você entra em modo pânico. Então, se você é um bom pastor, vai querer ensinar ao seu povo sobre Melquisedeque e como nele Levítico 27:30 e Números 18:21 são revertidas. Se você começar a estudar sobre ele, é uma questão de tempo até perceber que a Lei é apenas um parêntesis protetor, um aio ou tutor, apenas um andaime que seria retirado posteriormente.

Mas vamos devagar.

Melquisedeque é uma viagem no tempo. É uma fenda sideral por assim dize-lo. Tudo o que sabemos de Melquisedeque está claro, mas nada do que sabemos parece ser suficiente. Gênesis 14:17-24; Salmos 110 e Hebreus 7

Abrão (o nome ainda não tinha sido trocado) após lutar ao lado do rei de Sodoma, entrega os dízimos de tudo o que lhe correspondia a Melquisedeque ou ao Rei da Paz, Rei da Justiça como pode ser traduzido o nome. Este rei da cidade de Salem (Jerusalem) abençoa Abrão e aceita os dízimos mas não tem ascendência nem descendência.

Depois temos o Salmo profético 110 em que o alvo da profecia (que entendemos ser Jesus o Cristo) é (não será) sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque. Ou seja, livre, sem linhagem, abençoador do pai da fé, eterno.

Mas há um detalhe – sempre esses detalhes – que o livro de Hebreus (7:4-10) ressalta com maestria: “9 pode-se dizer que Levi, que recebe os dízimos, entregou-os por meio de Abraão, 10 pois, quando Melquisedeque se encontrou com Abraão, Levi ainda não havia sido gerado” e é aí onde o parêntesis da Lei se encerra nesse quesito.

Conclusões

Insisto que se você tem a prática de entregar uma certa quantia ou percentual para sua igreja local, o faça com alegria, liberdade e liberalidade.

Todavia, o meu problema é que chamamos essa prática de dízimo e por cima dizemos que é bíblico. O dízimo bíblico é uma outra coisa geralmente desconhecida.

Se os argumentos que lhe tem levado a dar 10% do seu salário tem a ver com culpa ou medo, então é bem provável que não sejam argumentos válidos e talvez nem bíblicos.

Já o argumento honesto é bem-vindo: “Temos tais e quais gastos e temos concordado em contribuir com 8% de nosso ordenado para a igreja local

Fique com este texto:

Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.”  2 Cor 9:7

E sobre este assunto não esqueça de

Como justos, recuperem o bom senso e parem de pecar; pois alguns há que não tem conhecimento de Deus; digo isso para vergonha de vocês” 1Cor.15:34

Confissão, arrependimento, culpa e remorso

Dizem – acho que brincando – que uma religião é uma crença que te ajuda a tirar a culpa que uma outra religião colocou.

Brincadeiras à parte, é comum no meio cristão confundirmos culpa com remorso, remorso com arrependimento, arrependimento com confissão e confissão com coisa do capeta. Em algumas situações isso é perfeitamente compreensível, já que mais de mil anos de obrigatoriedade confessional nos colocou do outro lado do tatame. Mas vamos separar os grãozinhos e tentar melhor entender essa questão.

Remorso é uma inquietação, um estado de abatimento. Pode indicar culpa mas também apenas medo de ser pego. Sentir remorso não é sinal de saúde espiritual mas falta de remorso pode ser um mau sinal.

A culpa indica responsabilidade por um ato feito ou por uma omissão que causou dano a outrem. Ela pode ser real ou não. Pode ser sentida ou não. Pode ser objetiva ou não. Seja como for, culpa mal tratada é um desastre já que ela acaba condicionando pensamentos e condutas que se ela não existisse seriam diferentes.

Nem o remorso nem a culpa podem ser o motivo de uma pessoa seguir Jesus. Elas são, com certeza, o motivo para muitas pessoas terem uma religiosidade, se maltratarem, judiarem os outros e – com certeza – não serem felizes. Todavia, em Jesus as duas coisas encontram uma saída se bem que são apenas antessalas de uma coisa bem melhor. A culpa real, por exemplo, vai achar seu desague no arrependimento pois de outra forma apenas alimenta um remorso e estagna a vida da pessoa. Isso nos leva a pensar nas outras duas palavrinhas.

Pense em arrependimento. O que é? Temos a tendência de pensar que se trata de um sentimento. Inclusive achamos que sem um sentimento o arrependimento é impossível. É verdade que toda nossa vida de decisões passa pelo emocional e que quando ele adoece precisa ser cuidado como uma perna, a garganta, o coração…. mas a caminhada ao arrependimento não necessariamente principia pelo emocional, pode ser também por uma profunda convicção trazida por um novo conhecimento ou por ficar sabendo das consequências dos nosso atos. Ai sim não é estranho cair em prantos. Apenas friso que a ausência ou não do emotivo não é razão para medir o arrependimento. Então o que é?

Arrependimento é mudança de conduta. Não é apenas o sentir-se mal com alguma coisa feita ou deixada de fazer. Não se trata de sentir culpa sobre um assunto. Se trata de mudar uma conduta por ter tido uma inapropriada. É por exemplo aquele homem que deixa de trair, a mulher que deixa de cobiçar, o adolescente que deixa de mentir, a sogra que deixa de se meter, o comerciante que deixa de praticar o abuso nos preços, é o governante que passa a ser decente, a mãe que passa a respeitar a pessoa do filho, enfim, acho que já pegaram a ideia.

Mas nos falta um bloco que – ao meu ver – é o essencial. Sem este bloco a casa da mudança espiritual de cabeça não consegue se estabelecer. Sem este bloco o perdão não é liberado. Eu sei o que parece, mas me acompanhe um pouco mais.

Quando deixamos como raça entrar o pecado no mundo, ele se tornou senhor deste mundo. O lugar onde ele mais reina, é no coração do homem cegando-o para toda realidade espiritual. Tudo nesta criação caída conspira contra a vida espiritual que Deus nos quer dar. É por isso que a vitória da cruz de Jesus é tão cosmologicamente impactante pois subverte a ordem estabelecida pelo pecado.

Nesse sentido há um bastião a ser derrubado: o orgulho humano. Nada contra o homem ser seguro de si. Mas não seguro apenas em si mesmo ou por seus próprios meios. É claro que o ser humano é capaz de chegar muito longe alicerçado em si mesmo, tem o espirito do eterno nele por enquanto, então vai chegar longe. Mas para atingir a eternidade, a porta de entrada é a morte. O ensaio da morte é a confissão.

O arrependimento pode até ser conveniente. O remorso pode até ser de alguma forma benéfico impedindo novas condutas erradas. A culpa pode levar a pessoa ser e se sentir melhor em um circulo virtuoso, mas apenas a confissão libera o perdão. Apenas a confissão derruba o ser humano eliminando o pequeno rei que mora no seu coração.

Confessar nada mais é do que concordar com a opinião que Deus tem sobre nossos pensamentos, crenças, condutas, caminhos, etc. É descobrir que Deus é verdadeiro até na opinião que ele tem de nós. É reconhecer que todo homem é mentiroso. É se render perante a torrentosa graça dele.

O perdão de Deus para a vida do homem individual (e com isso a graça renovadora dele na vida da pessoa) vem não a partir do remorso ou da culpa e nem sequer do arrependimento. Vem a partir da confissão. Não interessa se você sente ou não que uma coisa condenada na Bíblia é pecado. Apenas confesse isso. Deixe isso agir. Com certeza se isso que a Bíblia condena (de forma específica, genérica ou apenas como exemplo) faz parte da sua conduta, a sua consciência sera renovada, seu espirito será capacitado para um arrependimento; isto é, para uma mudança de raiz do seu agir. Ai sim, é bem provável que chore e se lamente por anos viver em vaidade longe do Senhor.

Com isso em mente, releia 1 João 1:9. Se confessarmos … ele perdoa. Apenas isso. Pecado confessado, pecado perdoado. O resto é consequência…

1 João 18 Se declaramos que não temos pecado algum enganamos a nós mesmos, 
e a verdade não está em nós. 9 Se confessarmos os nossos pecados, 
Ele é fiel e justo para nos perdoar todos os pecados e nos purificar 
de qualquer injustiça10 Se afirmarmos que não temos cometido pecado, 
nós o fazemos mentiroso, e sua Palavra não está em nós.

 

Conflito de lealdades

“…E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá enterrar meu pai…” (Lucas 9.59 ARC).

É quase impossível viver sem conflitos; de uma forma ou de outra, sempre vamos nos deparar com situações conflitantes (em menor ou maior grau)…

Todas as vezes que nos posicionamos em relação a uma decisão pessoal, sempre precisaremos enfrentar idéias e opiniões contrárias (sejam nossas decisões certas ou erradas); sempre haverá algo ou alguém que se apresentará como impedimento ou oposição com relação a nossa decisão…

Geralmente não queremos desapontar alguns, outras vezes não queremos decepcionar outros; é ai que se apresenta o “conflito de lealdades” para por a prova nossa decisão por seguir a Jesus (que é muito diferente de seguir uma doutrina ou uma denominação religiosa)…

O homem da referida passagem não queria desapontar Jesus e (também) não queria magoar o próprio pai. Nossa lealdade a Jesus Cristo deve ser exclusiva e totalmente superior a todas as demais não importando o que falem ou pensem a nosso respeito…

Quando nos depararmos com um “conflito de lealdades” entre Jesus e tantas outras que porventura possam haver (pai, mãe, irmãos etc…), não podemos titubear nem um só segundo em nossa decisão por seguir a Jesus, custe o que custar e haja o que houver!.

Pense nisso!.