Em certo canto escondido e sombrio do nosso coração gostamos das coisas regradas e organizadas na igreja. Especialmente se é para os outros. Nisso, gostamos que nossa igreja (e em especial a “dos outros”) se pareça com o Itamaraty.
Porem, do que realmente gostaríamos -mas escondemos- é de ser o que realmente somos. Num botequim cada quem é o que é. A roda de amigos se forma na espontaneidade. Se um dos participantes falar uma burrada, o resto vai dar risada e seguir enfrente.
No botequim a aceitação esta garantida. Já no Itamaraty ela depende do figurino, regras, adequação…
No botequim o que importa são as pessoas ao passo que as instituições são a razão existencial do Itamaraty.
Da próxima vez que pensar a igreja conceitualmente, pense qual modelo sua alma precisa.
Caso esteja difícil, lembre sua última grande crise. Instituições não abraçam, amam, ouvem ou curam. Pessoas fazem isso. Independente de raça, credo, sexo, etc.
Então, meu irmão, meu amigo, meu colega, que a igreja que você constrói, seja mais parecida com um botequim do que com o Itamaraty; mais simples do que bonita; mais acolhedora do que rígida; mais desejada do que obrigada.